quinta-feira, abril 19

O Hormônio do abraço



Os primeiros dias de uma nova vida. 
A descoberta um do outro.
A mãe e seu bebê. Um inexplicável sentimento adoçando cada gesto. E em cada gesto um pequeno milagre: a liberação de um hormônio que vai acompanhar esse novo ser pela vida afora.
"Isso tudo estimula a liberação de Ocitocina e já começa a estabelecer a primeira relação afetiva que cada ser humano conhece, que é a relação com a sua própria mãe", explica a biomédica Deborah Suchecki, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
É no hipotálamo, na região central do cérebro, que a Ocitocina é produzida. Até pouco tempo atrás, os cientistas sabiam só que esse hormônio tinha papel fundamental nas contrações do parto e na amamentação. Mas as pesquisas avançam rápido, e novos enigmas vão sendo desvendados. Por exemplo: animais mais ricos dessa substância tendem a ser mais fiéis em suas relações.
E, nos laboratórios, a ocitocina ganhou um apelido carinhoso: Hormônio do abraço. "Um dos grandes estímulos para a liberação de ocitocina é o contato físico.
O abraço nada mais é do que contato físico, uma manifestação de carinho, de acolhimento", diz Deborah Suchecki.
E isso não vale só entre mães e filhos. Todo e qualquer afeto tem o mesmo efeito. Pode ser entre amigos, parentes, namorados e até com o bichinho de estimação. Amar faz bem ao coração.
A ação da Ocitocina provoca a redução dos batimentos cardíacos e diminui a pressão arterial. As mulheres levam vantagem nessa química. Os hormônios femininos combinados com a Ocitocina tornam o hormônio do abraço ainda mais poderoso. E, é em momentos de tensão que ele mostra toda a sua força. "Se você for a uma consulta médica com um amigo – ou sozinho, mas receber uma borrifada de Ocitocina antes da consulta – sua reação de estresse é diminuída. Você libera menos cortisol e menos adrenalina. A freqüência cardíaca também é reduzida. Então, um amigo ou a ocitocina tem a mesma função de acalmar e de reduzir o estresse", afirma Deborah Suchecki.
É como se cada abraço fosse uma pequena vitória contra o estresse. Na luta diária, outros hormônios que nos deixam em estado de alerta perdem a vez.
"O que a Ocitocina faz é modificar as fontes de adrenalina e cortisol, tornando essas fontes menos estimuláveis. Dessa forma, a liberação de adrenalina e cortisol se torna reduzida. A sensação final é de enorme bem-estar. Vamos pensar o seguinte: a Ocitocina é liberada no organismo. Preciso dizer mais alguma coisa?", diz Deborah Suchecki.                                                         
E o melhor de tudo: nada indica que a produção de Ocitocina vá diminuindo com o passar do tempo. Na juventude ou na velhice, ela está sempre pronta a entrar em ação.
Basta ter um bom motivo, por exemplo, como nesta ilustração abaixo:

         

A DEPRESSÃO e suas implicações

A depressão apresenta um conjunto específico de sintomas e comportamentos: insônia ou sono demais, apatia, falta ou aumento de apetite, falta de concentração, desânimo.
O diagnóstico da depressão é particularmente importante, em vista de uma possível complicação, que é quase especificamente próprio dessa síndrome, o suicídio.
Normalmente, os deprimidos procuram ajuda por não mais sentirem amor pelos membros de sua família ou por terem perdido o gosto pela vida. As vezes, os deprimidos pode vivenciar apatia, mas não consegue ter consciência  de sua tristeza.
A vergonha do paciente acerca de seus sentimentos cobre uma vasta gama de atitudes investidas de emoção: a redução de sua habilidade para expressar amor ou mesmo para vivenciá-lo, sua irritação, especialmente face àqueles que são importantes e sua ansiedade sempre presente.
Acima de tudo, os pacientes sentem vergonha quando sua tristeza parece excessiva ou inadequada à sua situação de vida.
Esses tópicos de reações envergonham tanto o deprimido que ele quase nunca se sente livre para falar, exceto no contexto da terapia, se o terapeuta consegue estabelecer um "rapport" com ele e também se mostre sensível a esse conjunto particular de reações "vergonhosas", o "abrir-se" é algo que alivia o paciente do esforço de suprimir ou esconder seus sentimentos.
A aceitação, pelo terapeuta, dos sentimentos e atitudes negativistas do paciente provavelmente reduz
os sentimentos de culpa e a auto-flagelação.
É importante ressaltar, que em parceria com a psicoterapia, o tratamento médico com medicamentos,
na maioria dos casos, torna-se indispensável.

Sintomas Alvos da Depressão:

Tristeza - Em geral, o paciente está sofrendo dessa dor psíquica numa ocasião em que sua tolerância e sua capacidade para lidar  com qualquer tipo de sofrimento estão em nível baixo.
Culpa - O sentimento de culpa relaciona-se com frequência a seu mecanismo de assumir uma parcela irreal de responsabilidade pelo comportamento de terceiros.
Vergonha - Se origina de sua crença de estar sendo julgado como infantil, fraco, tolo ou inferior.

Sintomas Motivacionais: A perda da motivação nas situações mais simples é com frequência um dos sintomas principais da depressão. O paciente não encontra estímulo interno para realizar tarefas.
O paciente se acha incapaz de realizar a tarefa ou que não derivará  nenhuma satisfação ao fazê-la.
Aumento da Dependência - A ajuda frequente de parentes e amigos lhe traz um alívio temporário, porém, tende a reforçar sua dependência e baixa-estima.

Sintomas Cognitivos:
Pensamentos Absolutistas (Tudo ou Nada) - As pessoas deprimidas tendem a perceber as consequências negativas como irreversíveis.
Dificuldades de Concentração e Memória - O sujeito é incapaz de recapitular informações por não se concentrar no material a ser aprendido. Cabe ao terapeuta assegurar que a falta de concentração e memória são sintomas da depressão.
Passividade, Evitação e Inércia - A passividade e a inatividade observada na depressão tem sido encaradas como uma forma de inibição neurológica e retardamento psicomotor. Nesse momento, o terapeuta deve intervir com programações e projetos de atividades.
Deficit nas Aptidões Sociais - Muitas vezes os pacientes relatam que possuíam círculos de amizades,
mas mesmo após a depressão, tem dificuldades de formar ou retomar os vínculos.

Sintomas Fisiológicos:
Distúrbios do Sono - Esses problemas incluem dificuldades de adormecer, sono agitado, e o despertar cedo demais pela manhã. Em geral, o paciente recupera seu sono normal depois que a depressão se esvai. O tratamento usual é o relaxamento, visualização de uma cena agradável, respiração profunda.
Distúrbios do Apetite e Sexual - A perda do apetite e do interesse sexual são manifestações da perda generalizada de prazer do paciente em quaisquer atividades.
A depressão se esvai e o apetite por alimento e sexo habitualmente retorna.

Segue uma dica importante: